A demora na retomada das obras do Rio São Francisco, entre os municípios de Salgueiro, em Pernambuco, e Jati, no Ceará, continua gerando preocupação entre representantes da bancada federal, Assembleia Legislativa entre técnicos da área hídrica do Estado. O último trecho da transposição tem um custo de apenas 620 milhões de reais, é indispensável para as águas do Rio São Francisco chegarem ao Ceará, mas hoje a obra está parada porque é alvo de uma disputa judicial entre as empresas que disputam a licitação realizada pelo Ministério da Integração Nacional. Quando a obra foi abandonada em meados do ano passado pela construtora, o deputado federal Danilo Forte fez apelos ao Governo Federal p ara o Batalhão do Exército assumir o trecho da transposição entre Salgueiro e Jati. O Ministério da Integração Nacional decidiu, porém, realizar uma licitação e, ao longo dos últimos seis meses, entre prazos legais e disputas judiciais, a obra continua emperrada. A briga judicial abre novamente a agenda de discussão sobre a possibilidade do Batalhão de Engenharia do Exército assumir o pequeno trecho da obra para conclusão dos canais da transposição. Com isso, as águas do São Francisco chegarão ao Ceará. Quem acompanha os estudos, dados e levantamentos sobre as chuvas e as baixas reservas hídricas, sabe que, sem a transposição, o Estado do Ceará enfrentará um colapso no abastecimento de água. É, por essa que a transposição não sai do debate, nem do noticiário e continua na agenda política.