O deputado estadual Heitor Férrer (PSB) criticou, nesta quarta-feira (15), em pronunciamento na Assembleia Legislativa, a lentidão na conclusão das obras da transposição do Rio São Francisco. Heitor voltou a ressaltar que há uma inversão de prioridades que tem resultado no atraso dos trabalhos. Heitor lembrou que as obras foram iniciadas em 2007, mesmo ano em que o Brasil foi escolhido como sede da Copa, e 10 anos depois ainda não foram terminadas. O governador Camilo Santana (PT) se reuniu, nesta quarta-feira, em Brasília, ao lado do deputado federal Danilo Forte (PSB), com o Ministro da Integraçã o Nacional, Helder Barbalho, para cobrar a retomada das obras da transposição.
Desde o início o segundo segundo semestre de 2016, quando a Construtora Mendes Júnior abandonou o trecho do canal da transposição, entre Salgueiro (PE) e Jati (CE), o governador Camilo Santana se reuniu, pelo menos, cinco vezes com o Ministro Helder Barbalho e foi recebido, também, pelo presidente Michel Temer. Mesmo com todos os apelos, o Governo Federal não reiniciou as obras da transposição. Hoje, o Ministério da Integração Nacional tenta concluir uma licitação para contratar as empresas com condições técnicas para tocar as obras que precisam ser realizadas para as &a acute;guas do São Francisco entrarem no Ceará.
Crítico da demora de conclusão das obras da transposição, Heitor Férrer disparou: “O Brasil gastou com as obras da Copa R$ 30 bilhões e gastou com as Olimpíadas R$ 40 bilhões. A transposição iniciou-se com um orçamento de R$ 4,1 bilhões e hoje está por quase R$ 10 bilhões. Frente ao que se gastou com esses eventos, a obra do São Francisco é uma coisa pequena. Ainda assim, as obras que ficariam prontas em 4 anos, se arrastam há 10 anos e agora estamos falando em entregar apenas em 2018”, lamentou o parlamentar socialista.
Para Heitor, o atraso demonstra uma fragilidade do Governo do Estado e dos representantes do Ceará em Brasília frente ao Governo Federal. “Com todo respeito a quem nos representa em Brasília, as águas já chegaram na Paraíba. Nós aqui ainda estamos pensando em 2018. Nossas lideranças em Brasília e o nosso governador não conseguem fazer ver ao governo central a necessidade da transposição dessas águas o mais rapidamente possível”, disse Heitor Férrer, que faz parte de um colegiado com outros 45 parlamentares que não conseguiram se reunir uma só vez para pressionar o Governo Federal a concluir a transposição do Rio São Francisco. O presidente do Legislativo Estadual, deputado José Albuquerque (PDT), também, se mantém no silêncio em relação a importante obra.
Com informação da A.I