Treze trabalhadores que atuavam no corte de lenha na região de Sítios Novos, em Caucaia, foram resgatados de situação de total irregularidade trabalhista e em condições de vida e trabalho precárias. Os operários trabalharam sob sol escaldante; sem vestimentas adequadas ou protetor solar; sem registro e sem anotação em suas carteiras de trabalho; com pagamento dos salários sem nenhum comprovante legal e abaixo do salário mínimo vigente no país; sem água potável nem condições higiênicas e não havia local para preparação e para tomada das refeições.

De acordo com os auditores-fiscais que desenvolveram a operação, os operários improvisavam um fogão rústico com pedaços de troncos, a céu aberto, onde preparavam suas refeições e depois comiam sentados no chão ou em troncos de madeira, sem qualquer conforto, higiene e segurança. Além disso, foi detectado que não havia energia elétrica no local.

Conforme informações do Ministério do Trabalho, os 13 homens resgatados realizavam atividades sem equipamentos de proteção individual (EPI), mesmo expostos a riscos ocupacionais como radiação solar, acidentes com animais peçonhentos, projeção de partículas volantes contra os olhos, acidentes com ferramentas perfuro cortantes, entre outros.

Os trabalhadores que estavam submetidos a condições de vida e de trabalho degradante receberam guias do Seguro-Desemprego e pagamento das verbas rescisórias na Secretaria Regional do trabalho. Depois do resgate, os auditores providenciaram a emissão de 30 autos de infração por todas as irregularidades encontradas.