A composição das bancadas na Câmara dos Deputados deve ser alterada de forma significativa, com a permissão que a janela partidária dará em março para que parlamentares troquem de partido. Há expectativa de que cerca de 50 deputados troquem sigla, o que representa 10% da composição da casa. A bancada do Ceará é uma das que passará por mudanças. O deputado Cabo Sabino, por exemplo, eleito em 2014 pelo PR, negocia transferência para o PHS. O deputado federal Danilo Forte se antecipou à janela e trocou o PSB pelo DEM.
O PMDB, segundo a coluna de política do Jornal O Estado de São Paulo, edição deste sábado, admite que deve perder oito nomes, mas está na expectativa de ganhar até dez. DEM, PP, PSD e PR têm prometido recursos dos fundos eleitoral e partidário como atrativo, além de tempo de TV na eleição de 2018, algo precioso com a redução da campanha de 90 para 45 dias.
Os partidos que não vão lançar nome próprio ao Planalto levam vantagem na disputa por deputados porque poderão concentrar os recursos do Fundo Eleitoral na reeleição dos parlamentares. Com mais verba, fica mais fácil atrair novas adesões.
Uma eventual candidatura do ministro Henrique Meirelles ao Planalto prejudica o plano de crescimento do PSD. A sigla teria de usar boa parte dos recursos do fundo com a campanha dele.
O plano do PSD é aumentar a bancada na Câmara. Motivo: 95% dos recursos do Fundo Partidário são distribuídos conforme a proporção dos votos obtidos na última eleição para a Casa Legislativa.