Com um total de R$ 162,2 bilhões, o turismo no Brasil teve o maior volume de receitas em uma década na alta temporada 2023/2024 (que compreende os meses de novembro e dezembro, janeiro e fevereiro). É o que apontam os dados compilados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Entram nesse cálculo gastos com hospedagem, bares e restaurantes, serviços culturais, passagens aéreas e locação de veículos, transportes intermunicipal e interestadual, agências de viagens, entre outros. Antes disso, apenas na temporada de 2013/2014 o volume havia sido superior, quando alcançou R$ 165,2 bilhões. No que diz respeito às receitas dos turistas estrangeiros, o volume é recorde na série histórica. No total, foram movimentados US$ 2,1 bilhões, montante que representa um aumento de 31% se comparado ao desempenho da temporada anterior. O valor mais alto da série histórica foi observado em 2016/2017 (US$ 1,89 bilhão).

Também foi divulgado pela CNC o Panorama do Turismo, uma compilação mensal de dados relacionados ao desempenho do setor. Em fevereiro, o volume de receitas foi de R$ 36,01 bilhões, o melhor fevereiro desde 2016 (quando o valor chegou a R$ 36,81 bilhões). Se comparado ao ano anterior, o aumento foi de 0,3%. A previsão do estudo é de que o turismo apresente crescimento na ordem de 2% em 2024. Outro dado relevante foi a alta de 5,2% no número de contratações efetivas em fevereiro deste ano, o que representou a geração de cerca de 24 mil postos de trabalho. O maior empregador foi o ramo de bares e restaurantes, com saldo de contratações de 15,5 mil pessoas — setor que emprega formalmente, em todo o País, um total de 3,3 milhões de trabalhadores. A expectativa da CNC é de que, em 2024, o turismo gere mais de 154 mil novas vagas.