A Universidade Estadual do Ceará (Uece), por meio do Laboratório de Conversão Energética e Emissões Atmosféricas (Laceema), vinculado aos Laboratórios Associados de Inovação e Sustentabilidade (Lais/Uece), iniciou atividade de monitoramento da qualidade do ar durante o isolamento social, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O monitoramento é feito sistematicamente na entrada do campus Itaperi.

Pesquisas sobre a qualidade do ar em Fortaleza e região metropolitana vêm sendo realizadas pelo Lais/Uece, em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) desde 2013, integrando atividades conveniadas com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Um dos poluentes que pode ser observado é o ozônio. Trata-se de um gás que, na camada atmosférica mais próxima da superfície terrestre, ou seja, na troposfera, se comporta de maneira diferente do que quando localizado na estratosfera (acima de 40 km da superfície), onde forma a camada de ozônio, que protege a Terra da radiação ultravioleta. A presença de ozônio troposférico em contato com pessoas e animais diminui os mecanismos de defesa do sistema respiratório e pode causar inflamações nos pulmões.

A pesquisa sobre o ozônio é desenvolvida desde 2015, no entanto, com o isolamento social, é de grande importância o monitoramento da qualidade do ar nesse período. “É fato que notamos melhoria da qualidade do ar em Fortaleza com a diminuição das atividades sociais, industriais e comerciais, mas quanto? É isso que queremos saber”, destaca a pesquisadora.

O monitorando da qualidade do ar seguirá durante o período de isolamento social, oportunidade para analisar o impacto do ozônio no comportamento respiratório humano, sobretudo, diante da Covid-19 que atinge prioritariamente o sistema respiratório. A expectativa do Laboratório é de apresentar os dados da pesquisa em julho ou agosto, fazendo comparação com outros cenários, de Fortaleza e de Lisboa.