O clima esfriou! Os pré-candidatos aos cargos de vereador e prefeito nas cidades cearenses tiverem seus ânimos esfriados com a chegada da pandemia do coronavírus. Sem contato pessoal, as campanhas eleitorais ficam fragilizadas e perdem bastante impacto no pleito. O assunto entrou no Bate-Papo político desta segunda-feira (13).
A fim de minimizar o alcance do novo coronavírus, contendo sua propagação, os estados e municípios tem adotado o isolamento social para controlar o fluxo das pessoas nas ruas, centros e avenidas. Nessa perspectiva, convenções e agremiações partidárias com vistas às eleições estão totalmente suspensas.
Diante do prejuízo, cogita-se a possibilidade de adiamento das eleições para dezembro, embora a ideia não seja unânime. Previstas para serem realizadas no mês de outubro, as disputas municipais também correm o risco de ficar para 2022 e, desta forma, os mandatos atuais seriam prorrogados, o que também não agrada a todos. Ambas ideias tem apoios, contudo, não são unânime e ainda têm gerado discussão.
“A gente vive um verdadeiro dilema. O dilema é entre a saúde pública e uma questão que é mais de natureza constitucional”, diz o jornalista Beto Almeida em sua participação dentro do Alerta Geral. Ele comenta que a constituição estabelece que não podem ser feitas alterações no pleito eleitoral no mesmo ano que este será realizado, isto é, faz-se necessário adotar mudanças um ano antes do pleito.
No entanto, Beto pontua que a medida constitucional está estabelecida para tempos normais e não momentos como este de pandemia. Ele detalha a preocupação que surge com a formação de filas para votação e diz que será preciso pensar em alguma reforma para lidar com a questão constitucional e solucionar o fato das eleições:
“Como se fazer uma eleição sem apertos de mão, sem ter um contato pessoal, sem olho a olho, só uma campanha virtual, impossível. Até mesmo se você pensar por exemplo nas convenções, não dá pra imaginar uma convenção partidária decidindo sobre os candidatos sem que haja presença de público”