O professor e médico ortopedista Henrique César, em seu comentário no Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior), questionou o fato de que a UPA do Eusébio teria realizado 6.500 atendimentos médicos sem discriminar nenhum médico contratado, como consta no último relatório de gestão publicado no site do Instituto de Técnica e Gestão Moderna (ITGM), gestora da unidade.

Anteriormente, o Dr. Henrique já havia chamado atenção para o fato de que a cada mês, segundo ele, a Prefeitura gasta R$ 1 milhão com despesas para o ITGM gerenciar a UPA do Eusébio. São R$ 12 milhões por ano que, conforme afirmou, representam uma cifra muito alta, suficiente, por exemplo, para construir uma estrutura capaz de garantir, aproximadamente, 4 mil cirurgias ortopédicas por ano.

Agora, o médico ortopedista comentarista do Jornal Alerta Geral destaca a avaliação do relatório de gestão dessa mesma Upa, publicado em novembro de 2018, sendo o ultimo a ser veiculado no site do ITGM até o momento.

Na página 7, especifica que a unidade tem 85 funcionários. Posteriormente, nas páginas 38 a 40, constam os descritivos dos funcionários, isto é, suas funções, atribuições e etc. Nessa lista, não há nenhum profissional médico lotado nessa unidade. Na página 41 é colocado que a mesma UPA realizou 6500 atendimentos médicos.

“Como se podem realizar atendimentos médicos sem ter o médico contratado?” Questiona o Dr. Henrique.

Para o médico comentarista do Jornal Alerta Geral, a resposta pode estar em um edital de concorrência que o próprio ITGM realizou em dezembro de 2018 (Nº 048/2018) que objetivava a contração de uma empresa prestadora de serviços médicos.

“Seria, então, a terceirização de uma terceirização de um contrato firmado com dinheiro publico para prestar determinado serviço?” Destaca o médico ortopedista Henrique César.

“Acredito ser importante a manifestação dos gestores do Eusébio para elucidar essas questões e também do próprio Sindicado dos Médicos, através do presidente, Edmar Fernandes, sobre a legalidade do entendimento da própria categoria medica sobre esse tipo de situação e contratação que podem ate ter um teor legal, mas me parece pouquíssimo republicano”, salienta o Dr. Henrique.

Você pode conferir seu comentário na íntegra que foi ao ar na manhã desta terça-feira no Jornal Alerta Geral (Rádio FM 104.3 – Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior). Confira: