A comercialização de antidepressivos e estabilizadores de humor cresce a cada ano no Brasil. Dados do Conselho Federal de Farmácia apontam que a venda desses medicamentos cresceu cerca de 58% entre os anos de 2017 e 2021. Antes da pandemia de Covid-19, cerca de 193 milhões de pessoas tinham transtorno depressivo maior e 298 milhões de pessoas tiveram transtornos de ansiedade em 2020.
Após o ajuste para a pandemia, as estimativas iniciais mostram um salto para 246 milhões para transtorno depressivo maior e 374 milhões para transtornos de ansiedade. Estimativas recentes sugerem que uma em cada oito pessoas, quase um bilhão de indivíduos em todo o mundo, vive com uma condição de saúde mental.
No primeiro ano da pandemia, houve um aumento estimado de 25% na prevalência de depressão e ansiedade no mundo. Diante do aumento na procura por fármacos que auxiliam no apoio de condições de saúde mental, especialistas destacam a importância do acompanhamento médico e terapêutico e os riscos do uso indiscriminado dos remédios.
País mais ansioso
Brasil sofre uma epidemia de ansiedade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o País tem o maior número de pessoas ansiosas do mundo: 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno.
Mais do que fatores emocionais, a ansiedade pode desencadear alguns comportamentos e sensações desconfortáveis, como:
- Roer unhas;
- Palpitações e coração acelerado;
- Sudorese;
- Inquietação;
- Boca seca;
- Dor de barriga ou vontade de ir ao banheiro com frequência;
- Tremores;
- Insônia;
- Falta de ar;
- Bruxismo;
- Ondas de calor ou de frio.