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A Justiça do Ceará aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado que aponta 19 policiais militares como envolvidos no massacre de Milagres, que matou 14 pessoas em dezembro de 2018. De acordo com a denúncia, os policiais dispararam contra um grupo criminoso que tentava assaltar duas agências bancárias no Centro de Milagres, no interior do Ceará, matando oito assaltantes e seis pessoas que eram mantidas reféns. Dos seis reféns mortos, cinco eram da mesma família.

A investigação aponta que as lesões que causaram as mortes dos reféns foram provocadas por disparos de fuzil efetuados por policiais. Além das 14 pessoas mortas, oito suspeitos de assalto a banco foram presos. Os policiais foram acusados de homicídio e fraude processual, já que tentaram apagar as provas da ação. Segundo o Ministério Público, as imagens de uma câmera de segurança que captou o tiroteio foi formatado duas vezes pelos policiais.

O Ministério Público do Ceará solicitou à Justiça a suspensão do exercício das funções públicas dos policiais. Os acusados receberam prazo de dez dias para responder, por escrito, às acusações.