O sentimento, entre atletas e membros da comissão técnica do Fortaleza, que foram alvo de atos violentos e terroristas, na noite dessa quarta-feira, em Recife, é de alívio após o desembarque na Capital cearense, mas o sentimento é de angústia para quem resgata as imagens da brutalidade perpetrada por torcedores do Sport. Após o encerramento da partida contra o Sport, pela Copa do Nordeste, que terminou com empate de 1 x 1, os tricolores ficaram sob a mira de torcedores do time pernambucano que arremessaram pedras, rojões e bombas contra o ônibus que os transportava, entre o estádio e o Aeroporto. Seis jogadores saíram feridos e receberam atendimento médico, fizeram curativos e, de volta à Fortaleza, foram recebidos no Aeroporto Pinto Martins por torcedores e familiares.

DESABAFO


O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, decidiu ir à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para pedir providência contra os agressores, punição ao Sport e anunciar que os jogadores só voltaram ao campo quando todos estiverem recuperados. “Fortaleza só tem que voltar a jogar quando tiver todo mundo curado”, reafirma Marcelo Paz.


Paz fez um desabafo, como alerta às autoridades que administram o futebol brasileiro: ‘Vão esperar morrer alguém?’, perguntou o dirigente tricolor, ao manifestar a sua preocupação diante das cenas de violência em Recife.


A indignação com a barbárie praticada por torcedores do Sport tomou conta dos jogadores, dirigentes e torcedores tricolores. O jogador Marinho relatou os momentos de aflição: “Eu estava na parte de trás do ônibus. A bomba pegou no meio do ônibus. O Lucero estava com a cadeira deitada e a bomba passou por ele. A pedra pegou no Escobar”, relata Marinho