Os cearenses estão entre os consumidores brasileiros mais descontentes com os serviços de energia elétrica, mas, mesmo assim, a Enel continua livre de punição mais dura pela má qualidade do atendimento à população.

A empresa, em muitos casos, sequer, emite nota para esclarecer aos clientes as razões da falta de energia e o tempo correto para retomada do serviço.

A maior angústia entre os consumidores: a oscilação de energia que queima equipamentos. A demora no atendimento é outra queixa dos clientes, como registram os órgãos de Defesa do Consumidor,

A Enel é a concessionária de serviços públicos campeã de reclamações no Decom e, hoje, é alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa.

A CPI funciona há mais de quatro meses, teve o prazo de investigação prorrogado, mas é pouco provável que apresente um caminho para mudar a qualidade dos serviços da Enel do Ceará.

PEDIDO DE SUSPENSÃO DA CONCESSÃO EM SP


Diferente do que acontece no Ceará, a Enel de São Paulo é alvo de um pedido do prefeito Ricardo Nunes para a concessão da empresa ser suspensa. O prefeito foi ao TCU (Tribunal de Contas da União) para consultar se o contrato com a Enel pode ser rescindindo. Prefeito entregou ofício, que solicita o encerramento do serviço da concessionária, para o presidente do Tribunal de Contas, Bruno Dantas, em Brasília.


TURBULÊNCIA


A relação dos clientes com com a empresa em SP está turbulenta desde novembro do ano passado, quando a falta de energia atingiu mais de 2 milhões de cidadãos e pontos da cidade chegaram a ficar uma semana sem luz após fortes chuvas. Os problemas com o fornecimento de energia voltaram a ocorrer no começo de janeiro, deixando paulistanos sem o pleno restabelecimento do serviço por até 36h.

BASE DO PEDIDO DE SUSPENSÃO

O documento, de seis páginas, entregue ao TCU, relata o “caos” vivido nas duas ocasiões, que segundo a Prefeitura de São Paulo, “não foi consequência direta da chuva em si, mas da abrupta interrupção do serviço de energia”.

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