Uma mudança na classificação da tarifa de energia elétrica, passando de Bandeira Vermelha 2 para 1, pode diminuir o impacto da conta para os consumidores no mês de setembro. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta quarta-feira, 4, a troca de bandeira após a correção de informações do Programa Mensal de Operação (PMO) de responsabilidade do Operador Nacional do Sistema (ONS).


Por meio de nota, a Aneel explica os motivos da mudança: “Diante dessa alteração, a Aneel solicitou para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) avaliação das informações e recálculo dos dados, o que indicou o acionamento da bandeira vermelha patamar 1”, observa a agencia. A Aneel anunciou, ainda, que sua diretoria definiu que serão instaurados processos de fiscalização para auditar os procedimentos dos agentes envolvidos na definição da PMO e cálculo das bandeiras.

IMPACTO NA CONTA E NA INFLAÇÃO


Com o novo patamar, serão cobrados R$ 4,463 para cada 100 quilowatt-hora consumidos, e não mais os R$ 7,877 a cada 100 kWh previstos no patamar 2 da bandeira vermelha. O economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira, calcula que, com a redução da tarifa extra, o impacto previsto no IPCA, o índice que mede a inflação oficial do país, passa a ser de 1,5 ponto percentual e não mais entre 3,5 e 5,5 conforme projetado para o patamar 2.


CORES DAS BANDEIRAS E CUSTOS DA CONTA


• Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
• Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
• Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
• Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora kWh consumido.