Com articulação do Governo do Ceará, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico (SDE), a multinacional de telecomunicações Angola Cables está estudando ampliar seus investimentos no Ceará, através da implantação de uma estrutura para apoio e manutenção dos cabos submarinos e também de suporte avançado em telecomunicações na área do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP). Executivos da empresa conheceram, na manhã desta quarta-feira (23), a estrutura do CIPP e todo o seu potencial.

Na visita, o diretor técnico da Angola Cables, Fernando Almeida, e o diretor geral da Angola Cables no Brasil (CEO Brasil), Rafael Pistono, conheceram as estruturas do CIPP, como Porto do Pecém, Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e também o seu funcionamento. A comitiva, liderada pelo secretário do Desenvolvimento Econômico, Cesar Ribeiro, também foi recebida pela diretoria da Cearáportos, que apresentou a dinâmica do porto.

O CEO da Angola Cables no Brasil, Rafael Pistono, disse que ficou impressionado com a estrutura, forma de gestão e com as perspectivas do CIPP. “As discussões em torno da parceria com o Porto de Rotterdam animam muito o mercado e a Angola Cables, através de dessa visita, quer saber de que forma pode estar integrada a esse complexo, a essa estrutura que vem prometendo muito”, disse.

Pistono destaca que, com toda a expertise em cabos submarinos, data center e operação dessas estruturas da Angola Cables, há sim um potencial muito grande para agregar valor ao CIPP. “Embora não consigamos dimensionar de que forma ainda, temos certeza que todas as empresas que estão no complexo têm demanda e necessidade por comunicação, por tecnologia e armazenamento de dados. E a sinergia que temos com o Governo do Ceará ajuda muito”, disse.

A Angola Cables está investindo cerca de 300 milhões de dólares em projetos na capital cearense. Além do cabo de fibra ótica South Atlantic Cable System (Sacs), a empresa constrói outra rede submarina, o sistema Monet, e um DataCenter localizado na Praia do Futuro. A previsão é de gerar cerca de 40 empregos diretos e 800 indiretos até 2030, segundo projeções da própria empresa.

O titular da SDE, Cesar Ribeiro, explica que essa articulação foi iniciada pelo governador Camilo Santana ainda durante sua visita à Luanda, em Angola, no início do mês de agosto. Destacou que a localização privilegiada do Estado para a Europa, América do Norte e África; o nível de organização do CIPP; as perspectivas com a parceria com o Porto de Rotterdam e a estrutura organizada do Governo do Ceará abrem espaço para a chegada de investimentos, não só internacionais como também nacionais.

“O Ceará vive hoje a internacionalização da sua economia, temos grandes empreendimentos de empresas internacionais, mas que estão aqui no nosso território gerando emprego e renda para o Estado, fomentando um desenvolvimento econômico com sustentabilidade, inovação e competitividade”, disse o secretário do Desenvolvimento Econômico.

Com SDE