O PT já se prepara para retirar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva da corrida eleitoral na próxima terça-feira, 11, data limite fixada pela Justiça para sua substituição, mesmo com a aprovação contrariada de Lula, preso desde 7 de abril em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão após condenação em segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A ideia da sigla é que o nome do ex-prefeito Fernando Haddad seja anunciado durante um ato em apoio ao ex-presidente. Segundo petistas, muito a contragosto, Lula tem admitido a possibilidade de substituição no dia 11 mesmo que seja acolhido, em caráter liminar, um recurso apresentado pelo partido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela manutenção de sua candidatura.
Na noite dessa segunda-feira, 3, durante reunião do conselho político da campanha, o advogado Luiz Fernando Casagrande Pereira alertou para o risco de perda de registro da candidatura petista, caso a liminar seja acolhida pelo STF, mas o plenário rejeite o recurso depois do dia 17 de setembro, que é a data fatal para troca de candidatos.
Após reunião com Lula, Pereira falou com os integrantes do conselho político da campanha por meio de uma teleconferência. O advogado explicou que o registro da chapa será anulado, se o nome de Haddad não for oficializado até lá.
Vice-presidente nacional do PC do B, Walter Sorrentino manifestou preocupação com os prazos, além da ameaça de o eleitorado de Lula se dispersar antes que Haddad seja apresentado como seu sucessor.
Segundo participantes da reunião, Pereira respondeu que essa é uma decisão política. Procurado pelo Jornal Folha de São Paulo, Pereira afirmou ter “uma procuração do ex-presidente Lula e ele me mandou recorrer até quando for possível”.
Com informações do Jornal Folha de São Paulo