Comprar sem sair de casa, com preços mais em conta e em melhores condições de pagamento são algumas das vantagens que fazem com que cada vez mais consumidores optem pelas lojas virtuais. O problema é que a distribuição e a entrega dos produtos não estão acompanhando o crescimento deste mercado, o que gerou um verdadeiro engarrafamento de mercadorias nas transportadoras no País.

Cerca de 30% dos pedidos de encomendas despachadas pelos Correios estão com algum atraso. Ou seja, a cada mil produtos, 300 chegam depois do tempo prometido ao consumidor, segundo estimativa da empresa Synapcom, de consultoria e gestão de e-commerce. O problema fez disparar o número de reclamações sobre o assunto. Somente no site Reclame Aqui, a quantidade de queixas cresceu 10%, entre 2016 e 2017, passando de 270 mil para 297 mil. Nos primeiros 45 dias de 2018, os relatos chegam a 56 mil.

Para mitigar os efeitos dos gargalos de logística e infraestrutura de transporte, as lojas online têm adotado estratégias como o aumento no prazo para entrega de produtos, além de recorrer a transportadoras privadas.

De acordo com o vice-presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), Rodrigo Bandeira Santos, a falta de segurança tem agravado ainda mais o problema, tornando o produto mais caro para o consumidor por causa do aumento no valor do frete e do seguro.