As crises políticas começam a corroer os bons índices de outrora da popularidade do presidente Jair Bolsonaro. Em quatro meses, o governo perdeu quase 12% do índice de avaliação positiva da gestão. Conforme uma pesquisa encomendada pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e realizada pelo Instituto MDA, a avaliação negativa do governo subiu 12,4%, passando de 31% para 41%, entre janeiro e maio desse ano.

Em seu comentário, o jornalista Luzenor de Oliveira diz que os dados da pesquisa não surpreendem aqueles que acompanham os bastidores políticos. Segundo ele, “a sucessão de crises geradas pelo próprio governo passam a refletir de forma negativa”. Entre tantas polêmicas, destacam os desencontros que levaram a demissão de dois ministros bastante populares do governo federal, a saber, Henrique Mandetta e Sergio Moro, do Ministério da Saúde e da Justiça respectivamente.

Por sua vez, o jornalista Beto Almeida destaca o presidente Bolsonaro está pronto para ignorar esses dados e negar suas evidências, menosprezando os números da pesquisa do MDA. Contudo, ele afirma que dentro do governo, entre a equipe de suporte ao presidente, certamente há o sentimento de preocupação quanto à popularidade do gestor:

“Internamente, o Palácio do Planalto e os auxiliares diretos do presidente Bolsonaro estão sim preocupados e não estão nada indiferentes. E não é por outra coisa, são mais de 12 pontos percentuais de diferença entre a última pesquisa feita pra essa que saiu ontem, subiu de 31% para 43,4$ por cento a avaliação negativa do governo”

Beto, ao falar sobre o discurso de Bolsonaro já de olho na renovação do mandato nas próximas eleições, pontua: “pra quem demonstra otimismo dizendo que deixa a presidência da república em 2022 já contando com o segundo mandato, é muita, segurança no que diz diante de um cenário que lhe é negativo”. Ele ainda finaliza afirmando que não se trata de Fake News, mas que sim “o presidente está realmente em maus lençóis por conta dessas crises uma atrás da outra, todas desnecessárias.”