Projeções da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que, 2021 pode registra a maior contratação para vagas temporárias de fim de ano dos últimos 8 anos. A expectativa se deve ao avanço da imunização contra a Covid-19 e retomada econômica que vem acontecendo desde meados do ano.

A estimativa é que haja a contratação de 94,2 mil trabalhadores para atender ao aumento sazonal das vendas. A entidade prevê ainda aumento de 3,8% nas vendas natalinas, em comparação com 2020.

No ano passado, a principal data comemorativa do comércio coincidiu com a segunda onda da pandemia do novo coronavírus, o que fez com que a contratação de temporários para o Natal fosse a menor em cinco anos (68,3 mil).

Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a mudança de cenário renova a esperança dos varejistas.

“Os estabelecimentos comerciais estão voltando a receber um fluxo maior de consumidores e, consequentemente, têm registrado avanços sucessivos nas vendas desde abril deste ano”, afirma Tadros.

Os maiores volumes de contratações deverão acontecer nos ramos de vestuário (57,91 mil vagas) e de hiper e supermercados (18,99 mil).

Em relação às profissões, a Confederação estima que oito em cada dez vagas criadas devem ser preenchidas por vendedores (60,7 mil) e operadores de caixa (15,2 mil). Farmacêutico (R$ 3.373) e gerente administrativo (R$ 3.054) devem receber os maiores salários médios.

Salário médio cresce

Segundo os cálculos da CNC, o salário médio de admissão para as vagas temporárias no Natal deverá ser de R$ 1.608, valor 5,1% maior em relação a igual período do ano passado. Assim como em 2020, os maiores salários deverão ser pagos pelas lojas especializadas na venda de produtos de informática e comunicação (R$ 1.866) e pelo ramo de artigos farmacêuticos, perfumarias e cosméticos (R$ 1.647) – contudo, esses segmentos deverão responder por apenas 0,8% das vagas totais.

PÓS NATAL

Segundo a entidade, a taxa de efetivação dos temporários após o Natal deverá ser maior do que nos últimos cinco anos, com a expectativa de absorção definitiva de 12,2% desses trabalhadores.