O presidente Jair Bolsonaro reuniu, nesta segunda-feira (25), alguns ministros e afirmou que o momento é de construir uma relação de harmonia com o poder Executivo, principalmente com o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ). A postura do presidente ocorre após um fim de semana de troca de farpas entre ambos em torno da reforma da Previdência.
A reunião contou com o “núcleo duro” do Governo, formado pelos ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo), Paulo Guedes (Economia) e Augusto Heleno (GSI, gabinete de Segurança Institucional).
O presidente da Câmara tem feito críticas à postura do presidente e aliados com relação a tramitação da reforma. Ele se colocou a parte das articulações para aprovação do texto e afirmou que não é de sua responsabilidade angariar os votos. Na reunião, Bolsonaro pediu uma atuação mais direta do Governo na negociação da reforma previdenciária com a Câmara. O escolhido para a missão foi Onyx Lorenzoni.
Mesmo aconselhado a ter uma conversa tête-à-tête com Maia, Bolsonaro tem resistido. Assessores tentam atuar como bombeiros, como é o caso do Ministro Paulo Guedes e também o vice-presidente, general Hamilton Mourão.
Na avaliação de assessores, Bolsonaro precisa deixar claro qual o tipo de relação que quer manter com o Congresso e de que forma pode conquistar o apoio dos partidos. A ideia é que Bolsonaro apresente uma forma de participação das legendas, sem que necessite distribuir cargos ou emendas parlamentares. E a negociação seria feita individualmente com os presidentes dos partidos pelo próprio Bolsonaro.