Professores das escolas públicas e privadas são a novidade entre os grupos incluídos na 19ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza, que começa nesta segunda-feira, 17 de abril, e vai até o dia 26 de maio em todo o país. No Ceará, o público-alvo da campanha é de 2.212.417 habitantes, 97.014 deles professores.
A partir de 2017, a meta passa a ser vacinar, pelo menos, 90% de cada um dos grupos prioritários para a vacinação: trabalhadores de saúde, povos indígenas, crianças na faixa etária de seis meses a menores de cinco anos, gestantes em qualquer idade gestacional, puérperas, indivíduos com 60 anos ou mais de idade.
Deverão também se vacinar as pessoas portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional.
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, que pode levar ao agravamento e ao óbito, especialmente nos indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco para as complicações da infecção (crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais).
Alguns estudos demonstram que a vacinação contra a gripe sazonal pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza.
No Brasil, a partir da introdução da vacina para crianças de seis meses a menores de cinco anos de idade, em gestantes e puérperas, observou-se redução no percentual de casos graves de influenza nesses grupos, em comparação com o ocorrido durante a pandemia de 2009. A ampliação da vacinação de crianças tem se mostrado uma das medidas mais eficientes para reduzir a carga da doença nos grupos vacinados e também na comunidade, tendo em vista que as crianças são as principais transmissoras do vírus.
Transmissão da doença
A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies recém‐contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto a boca, olhos e nariz.
É muito elevada em ambiente domiciliar, creches, escolas e em ambientes fechados. A transmissão também é elevada em aviões, navios e outros meios de transporte coletivo, onde são frequentemente registrados surtos de influenza que acometem passageiros e tripulantes.
Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo que podem eliminar os vírus por até três semanas.
Outras importantes fontes de transmissão são os escolares (5-15 anos) e adultos. Indivíduos imunocomprometidos podem excretar os vírus influenza por períodos mais prolongados, até meses. Recentemente, comprovou-se que os vírus sobrevivem em diversas superfícies (madeira, aço e tecidos) por 8 a 48 horas.
Prevenção contra a gripe
– Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz e após tossir, espirrar ou usar o banheiro;
– Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies contaminadas;
– Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) boca e nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar disseminação de aerossóis;
– Pessoas com síndrome gripal devem evitar contato com outras pessoas suscetíveis
– Quem estar com síndrome gripal deve evitar aglomerações e ambientes fechados
– Manter os ambientes ventilados
– Pessoas que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos;
– Gestantes devem buscar o mais rápido possível o serviço de saúde caso apresente sintomas de síndrome gripal.
Fonte: Secretaria Estadual de Saúde (Sesa)