A conversa, por telefone, do governador Camilo Santana (PT) com o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para tratar da vacinação dos profissionais de segurança e professores, foi deflagrada de forma simultânea com Chefes de Executivos dos demais Estados da Região Nordeste.

O Consórcio dos Estados do Nordeste encaminhou, nesta terça-feira, documento ao presidente Jair Bolsonaro e aos Ministros da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Educação, Milton Ribeiro, pedido para inclusão dos profissionais do sistema de segurança pública e da educação nas urgências para imunização. O documento define o pedido como prioridades das prioridades.

O apelo dos governadores considera que tanto policiais quanto professores e demais trabalhadores das áreas de segurança e da educação já estão contemplados no grupo formado por 77 milhões de brasileiros que deverão tomar a vacina antes do restante da população, mas idosos, pessoas com comorbidades, indígenas aldeados, pessoas institucionalizadas e profissionais de saúde estão na frente.

PRIORIDADE DAS PRIORIDADES

Com a preocupação voltada a ampliar o número de pessoas imunizadas que estão na linha de frente de terminadas atividades, os governadores do Nordeste alegam ser necessária uma adaptação nos critérios de prioridade do Plano Nacional de Imunização contra a covid-19, visando a adoção de regramento nacional excepcional para que os profissionais da ativa da segurança e educação sejam incluídos na prioridade das prioridades, estabelecendo critérios de acordo com a disponibilidade de vacinas e regras do Programa Nacional de Imunização

Os governadores justificam que, no caso dos profissionais de segurança, a rotina de trabalho exercida para garantir proteção da população é uma atividade considerada pelos gestores como linha de frente. Quanto aos professores e demais funcionários que atuam em instituições de ensino públicas e privadas, de acordo com o documento, a urgência é observada como “fundamental para superarmos esse período prolongado de aulas não-presenciais e, consequente, a queda na qualidade”.

Na carta ao presidente Bolsonaro e aos ministros da Saúde e da Educação, o pedido é direcionado apenas, aos profissionais da ativa, com o objetivo de “proteger de maneira mais eficiente todos os alunos e alunas e, claro, todos os brasileiros e brasileiras”. O tema deve ser apreciado na Comissão Intergestores Tripartite, que reúne lideranças das três instâncias do executivo (federal, estadual e municipal).