Foto: divulgação / ASCOM

Os casos de crimes sexuais denunciados por vítimas de todo o Ceará nas redes sociais estão sendo investigados por meio de uma força-tarefa montada pelo Ministério Público do Estado, por determinação do procurador-geral de Justiça Manuel Pinheiro. Além disso, o órgão tem feito um trabalho de acolhimento e apoio psicossocial às pessoas que sofreram os abusos.

O caso conhecido como “exposed”, por conta da exposição de fotos e vídeos íntimos sem consentimento na internet, avançou na investigação de outros crimes sexuais, como assédios supostamente cometidos por professores de escolas e faculdades públicas e privadas contra alunas e alunos.

Apesar do esforço, os promotores de Justiça que atuam no caso têm encontrado dificuldade nas investigações porque as vítimas ainda se mostram resistentes a registrar as denúncias. Para isso, o MPCE criou o email [email protected] para que elas façam o primeiro contato com a instituição.

*Investigação*

Promotorias de Justiça de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Iguatu e Sobral já abriram procedimentos para investigar os casos. Desde o início de junho de 2020, o Ministério Público atua tanto na área criminal quanto cível, com o objetivo de identificar e denunciar os criminosos, responsabilizar gestores das instituições de ensino públicas e privadas, caso tenham sido negligentes na prevenção dos abusos, e reparar os possíveis danos coletivos das vítimas por meio de ações civis públicas.

Os órgãos de execução e de investigação do MPCE estão trabalhando em parceria com a Polícia Civil e já oficiaram vários pedidos de informações dirigidos às escolas privadas e às secretarias de educação dos municípios com casos investigados e à Secretaria da Educação do Estado. Em Fortaleza, já foram realizadas operações de busca e apreensão em residências de alvos para colher mais elementos de prova.


(*) Com informações do Ministério Público Estadual