A extinção do TCM se transformou em ponto de honra para o ex-governador Cid Gomes que se sentiu, em 2016, na disputa pela Presidência da Assembleia, traído pelo atual conselheiro Domingos Filho. O resultado da votação, após muita polêmica, é comemorado com grande vitória pelo ex-governador Cid e pelo governador Camilo Santana.
A novela encerrada nesta quinta-feira na área do Legislativo começou em meados do segundo semestre de 2016. Domingos rompeu com Cid e Camilo e se aliou ao presidente do Senado, Eunício Oliveira para tentar vencer a disputa pela Presidência da Assembleia com a candidatura do dissidente Sérgio Aguiar. Sérgio perdeu a eleição para o atual presidente José Albuquerque.
Do conflito político, nasceu o projeto de extinção do TCM. Foi a segunda vez que a Assembleia Legislativa aprovou uma PEC sepultando o TCM. A primeira, no mês de dezembro de 2016, não surtiu efeitos porque Domingos Filho a derrubou por meio de uma liminar concedida pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia.
Com a decisão judicial, o TCM sobreviveu e o conselheiro Domingos Filho ganhou fôlego. A guerra pela extinção do Tribunal foi reaberta no primeiro semestre deste ano com uma nova emenda constitucional, também, apresentada pelo deputado Heitor Férrer (PSB) e acolhida pelos aliados de Cid e Camilo.
O presidente do TCM, Domingos Filho, manifestou a amigos e correligionários que não irá entregar os pontos e recorrerá a instâncias superiores da Justiça para tentar derrubar a emenda constitucional.