A Secretaria Municipal da Saúde, por meio da Célula de Vigilância Ambiental (Cevam), conclui, no próximo dia 03/07 (segunda-feira), a primeira fase do projeto piloto de vacinação contra a Leishmaniose visceral canina (calazar) em Fortaleza. A atividade de encerramento acontece às 8h, no Distrito Técnico da Regional VI, com vacinação dos últimos animais selecionados pelo projeto. Ao todo, foram imunizados cerca 800 cachorros contra a doença.

O projeto em parceria com o laboratório Ceva, responsável pela vacina no Brasil, tem por objetivo avaliar o impacto da imunização em massa de cães, no controle e combate à leishmaniose. Os animais serão monitorados durante um ano, assim como as ações de vigilância urbana, com o catálogo de novos casos e a avaliação da presença do mosquito transmissor na área também serão acompanhados. O bairro Cajazeiras também foi escolhido como área de intervenção da pesquisa

Para o assessor técnico da Cevam, Atualpa Soares, a implantação desse projeto na capital permite a elaboração de um estudo sobre a eficácia e proteção da vacina. “Esse projeto é um passo necessário para avaliar a efetividade da vacina, sendo uma importante ferramenta no controle do calazar no Brasil, como estratégia de combate à doença”, destaca Atualpa.

A escolha de Fortaleza como projeto piloto conta com apoio do Ministério da Saúde e Ministério da Agricultura. Na capital são realizadas atividades de prevenção, controle e educação. Serão aplicadas três doses em cada animal, divididas em intervalos de 21 dias, entre elas.

A Leishmaniose é causada por um protozoário flagelado do gênero Leishmania, transmitido na picada de fêmeas do Lutzomyia longipalpis, conhecido como mosquito-palha. Os cães são as principais fontes de infecção para o vetor. Ele se reproduz em materiais orgânicos e úmidos. A leishmaniose de humanos é uma doença que pode levar a morte. Entre os principais sintomas estão a febre, perda de peso, anemia, perda de apetite, modificações dos glóbulos brancos e das plaquetas, hemorragias e imunidade baixa.

Nos casos dos animais doentes, a orientação do Ministério da Saúde é a eutanásia, uma vez que não existe cura para esta enfermidade. O tratamento apenas atenua os sintomas, deixando o animal como recipiente da doença, para infestação de outros cães. O teste para confirmação acontece gratuitamente através dos boxes de zoonoses.

Serviço
Projeto piloto de vacinação contra Calazar – 1º Etapa
Data: Segunda-feira (03/07)
Hora: 8h
Local: Distrito Técnico da Regional VI (Rua Pedro Veríssimo, 190 – Castelão)

Com informação da A.I