O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse hoje (1º) esperar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) recupere “um mínimo de decência e normalidade” sob o comando de Raquel Dodge, que assume a chefia da instituição em setembro.

No primeiro dia de trabalho após o fim do recesso do Judiciário, nesta terça-feira, Mendes afirmou ainda que o direito processual penal brasileiro se tornou “um baguncismo”, e que o próprio STF é um dos culpados.

“Tudo isso que já falei: doutrina de Curitiba [em referência à Operação Lava Jato], doutrina Janot [Rodrigo Janot, atual procurador-geral da República], isso não tem nada a ver com direito, é uma loucura completa que se estabeleceu. É uma bagunça completa”, disse Mendes antes de entrar para a sessão da Segunda Turma do STF.

“Direito penal foi todo reescrito, isso precisa ser arrumado, o Brasil tem que parar para pensar: a gente bagunçou tudo, agora tem que parar para arrumar.”

Para Mendes, ao ter decidido, em junho, que não cabe ao plenário debater os termos dos acordos de delação premiada antes da homologação pelo relator, o STF “ficou a reboque das loucuras do procurador”, disse ele, numa referência ao atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Certamente o Tribunal vai ter que se reposicionar [neste segundo semestre]”, afirmou.

 

Com informações Agencia Brasil