O julgamento do pedido de habeas corpus do médico e prefeito afastado de Uruburetama, José Hilson Paiva, previsto para esta terça-feira (03), foi adiado mais uma vez. O pedido de liberdade começou a ser apreciado pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) nesta manhã, mas a desembargadora Marlucia de Araújo Bezerra encerrou a sessão. Ainda não há prazo para o caso ser retomado.
O médico afastado é acusado de estuprar e filmar pacientes durante consultas ginecológicas. A sessão desta terça foi presidida pelo desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, relator do caso e presidente da 3ª Câmara Criminal. De acordo com a defesa de Hilson, a apresentação espontânea do acusado à polícia é razão para justificar o pedido de liberdade.
O julgamento do habeas corpos já havia sido adiado anteriormente no dia 26 de agosto e foi remarcado para esta terça-feira. A prisão de José Hilson foi decretada pela Justiça por considerar a medida necessária para preservar as provas. O ex-prefeito está preso desde o dia 19 de julho deste ano, na Unidade Prisional Irmã Lima Pontes, em Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza.
De acordo com a denúncia, ao menos de 23 mulheres tiveram suas partes íntimas registradas em fotografias pelo médico. O Ministério Público do Ceará (MPCE) ofereceu à Justiça, no início do mês de agosto de 2019, a primeira denúncia contra José Hilson de Paiva. Ele é acusado pelo crime de estupro de vulnerável. Segundo registros, há denuncias contra o médico desde a década de 1980 na cidade de Cruz, interior do Ceará.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Ceará (Cremec) decidiu suspender a licença médica de Hilson por seis meses. Além disso, José Hilson foi expulso do partido político em que era filiado e afastado da prefeitura de Uruburetama. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) quando preso, ele alegou em depoimento à polícia que os crimes cometidos se tornaram um “vício”.