O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) afirmou que teme racha no partido com a escolha do candidato oficial da bancada peemedebista para a 1ª Vice-Presidência da Câmara. Em eleição interna na terça-feira, 31, dois deputados empataram na disputa para ser o nome apresentado pela bancada: José Priante (PR) e Lúcio Vieira Lima (BA).

O critério de desempate pode ser definido por idade, o que beneficiaria Lima. Outra reunião está marcada para as 16 horas desta quarta-feira, 1º de fevereiro.

“É uma situação realmente conflituosa que estamos tentando achar um meio de sanar para que isso não faça com que nosso candidato chegue ao plenário e seja vencido”, disse Marun, em entrevista ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. “Estamos vendo uma forma de decidir sem rachar a bancada, e não é fácil. Mas estamos tentando que isso (racha) não aconteça”, afirmou.

Para Marun, que chegou a se apresentar anteriormente como disposto a concorrer ao posto logo abaixo da Presidência da Casa a situação mostra uma divisão do PMDB na Câmara. “Eu realmente temo que nós não tenhamos condição de encontrar uma solução que contemple as expectativas dos dois candidatos e seus simpatizantes, ao mesmo tempo isso demonstra uma divisão do partido.”

Um dos mais ferrenhos defensores do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato, Marun disse que a possibilidade de Rodrigo Maia (DEM-RJ) ser reeleito para o cargo deveria ser decidida internamente pelos parlamentares, e não levada ao Supremo Tribunal Federal (STF) como fazem os adversários do democrata. “Esse caso eu entendo que seja decidido na questão ‘Interna Corporis’, nós é que deveríamos definir isso tendo em vista a consciência da liberalidade”, disse Marun ao defender a autonomia do Congresso.

Fonte: Estadão Conteúdo