Uma semana antes de entrar na pauta de votação do plenário da Câmara Federal, a reforma previdenciária pode ser adiada. O relator do projeto, deputado Arthur Oliveira Maia, do PPS, fez, nessa quarta-feira (29), um diagnostico ruim para o governo federal: a base não tem ainda os 308 votos necessários para aprovar a proposta de emenda a constituição com as normas sobre os benefícios previdenciários.

A reforma é considerada prioridade na agenda do Palácio do Planalto, mas os deputados federais ainda não se convenceram sobre a importância de aprová-la neste ano. Como a maioria dos deputados irá concorrer a um novo mandato em 2018, ninguém quer perder votos dos eleitores. O relator da PEC da reforma da previdenciária social, Artur Oliveira Maia, deixou ainda mais dúvidas para os colegas parlamentares que não querem correr o risco de perder votos e cair na antipatia dos eleitores.

Segundo Maia, “Não é justo que eu, que sou deputado, o juiz, promotor, possamos nos aposentar ganhando até R$ 33 mil, enquanto 98% dos trabalhadores brasileiros irão se aposentar com teto do benefício limitado a R$ 5.531,00”. A frase do relator da reforma previdenciária gera inquietação ao governo Temer, divide ainda mais a base aliada e deixa aliviados os trabalhadores que temem perdas de conquistas com a proposta que está sendo apreciada pela Câmara Federal.