Um levantamento do Banco Central revela que 17 milhões de moradores de 2.328 – entre elas, muitas no Ceará, começaram mais um ano sem um só agencia bancária. Em 2013, eram 1.901 municípios nessa situação. O quadro se agravou em municípios cearenses após a explosão de agencias do Banco do Brasil, entre os anos de 2015 e 2019. O avanço da tecnologia, que permitiu muitos serviços pela internet, contribuiu ainda mais para os bancos suspenderem expansão, manterem unidades fechadas e não
mais reabri-las.
São dezenas de cidades do Ceará sem uma só agencia bancária e, nessa lista, entram os municípios de
Tururu, Barroquinha, Chaval, Graça, Farias Brito, Jaguaribara, Itatira, Ibaretama, Ocara, Fortim, Chorozinho, Pindoretama, Madalena, Saboeiro, Itapiúna, Quiterianópolis e, por exemplo, Antonina do Norte. A falta de uma agencia bancária obriga moradores a se deslocarem a cidades vizinhas para realizar pagamentos, depósitos ou qualquer outra transação financeira. A avaliação de analistas
econômicos é de que a redução da rede de agências físicas é um obstáculo à inclusão de mais brasileiros no sistema bancário.
Nessa mesma avaliação, a digitalização ajuda a preencher essa lacuna, mas ainda não é acessível para
muitos, principalmente os mais velhos e mais pobres. Os levantamentos mostram, ainda, que, em seis anos, 2.414 agências foram fechadas em todo o país com os cortes de custos dos grandes bancos, inclusive os estatais, para enfrentar a crescente concorrência digital.
Confira as informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Alberto: