A Polícia Federal cumpriu, nesta quarta-feira (18), dez mandados de prisão contra suspeitos de ordenar ou executar ataques criminosos ocorridos no mês de setembro deste ano, na Região Metropolitana de Fortaleza. Seis pessoas investigadas na operação já estavam no sistema prisional, e outras quatro foram capturadas pela polícia. A ação aconteceu no Ceará e nos estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Paraná.

Foram expedidos ao todo, 31 mandados de prisão preventiva e 20 de busca e apreensão contra uma organização criminosa responsável pela ordem e execução dos ataques.

Segundo a PF, a operação “Reino de Aragão” tem o objetivo de desarticular lideranças da organização criminosa. Os mandados de prisão foram expedidos contra pessoas envolvidas diretamente nas atividades da organização, inclusive algumas que se encontram atualmente presas nas penitenciárias federais de Mossoró/RN e Catanduvas/PR e em presídios estaduais do Ceará e da Paraíba.

Entre os presos, há integrantes e um dos fundadores de uma facção criminosa responsável pelos ataques no Ceará, e uma mulher suspeita de participar de uma organização criminosa de traficantes de drogas e por planejar uma fuga no Centro de Detenção Provisória.

Segundo as investigações, as ações do grupo criminoso foram praticadas sob determinações de lideranças presas. As ordens eram planejadas por essas lideranças e executadas por outros integrantes da mesma organização criminosa que se encontravam em liberdade.

A ação aconteceu em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), órgão do Ministério Público do Estado do Ceará, Departamento Penitenciário Nacional e Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará, através da Polícia Militar e Polícia Civil. As medidas judiciais foram representadas pela autoridade policial e deferidas pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Justiça do Estado do Ceará.

Os investigados responderão, conforme suas condutas, pelos crimes de dano, incêndio, participação em organização criminosa e outros que forem verificados nas investigações.