A menor incidência do aparecimento de manchas e fragmentos de óleo ao longo da costa brasileira motivou o Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), composto pela Marinha, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a reestruturar suas ações de monitoramento, contenção e limpeza do produto poluente, que já atingiu a todo o litoral do Nordeste, além de trechos do Espírito Santo e do Rio de Janeiro.

Segundo o coordenador operacional do grupo, almirante Marcelo Francisco Campos, há 19 dias não são encontradas manchas de óleo bruto no mar. Além disso, a quantidade de fragmentos que continua chegando às praias, mangues, costões e outros habitats naturais é, proporcionalmente, cada vez menor.

O Ibama, no entanto, informou que o número de localidades atingidas não para de aumentar. Relatório divulgado, hoje (30), pelo instituto, informa que vestígios do óleo já foram encontrados em 803 pontos do litoral.

Ceará

Segundo informações do boletim mais recente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, no Ceará, 37 pontos foram afetados pelo óleo e em sete locais o material ainda pode ser visto.

Além disso, e estado registrou três casos de intoxicação por petróleo cru, de acordo com monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde.

Entre os locais afetados no Ceará, estão as praias turísticas de Jericoacoara, Cumbuco, Fortim, Taíba, Lagoinha e Canoa Quebrada. Segundo o Ibama, cerca de 4.500 toneladas de resíduos contaminados já foram recolhidos de praias, manguezais, costões e outros habitats.