Os representantes das confederações patronais defenderam nessa quarta-feira a proposta de reforma trabalhista (PL 6787/16) como forma de modernizar a legislação e retomar a geração de empregos no Brasil.

Para o gerente de Relações Institucionais da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), Damião de Morais, a atualização da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) ocorre em consequência da crise de emprego e para modernizar as relações no mercado.

“Caminhamos para 14 milhões de desempregados. É um número que choca. E grande parte dos problemas são de leis que protegem muito o trabalhador, mas retiram o emprego”, disse.

Morais afirmou que os sindicatos já têm maturidade suficiente ao conseguir aumentos superiores à inflação em negociações coletivas. Segundo ele, houve 47 mil acordos e convenções coletivas em 2014 e outros 53 mil em 2015. Ele também representou, na audiência pública da Comissão Especial da Reforma Trabalhista, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Normas rígidas
A assessora trabalhista da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Danielle Bernardes, disse que as normas vigentes são rígidas, muito protetivas e as principais causadoras da estagnação econômica. “Mais importante do que a proteção do trabalhador é a proteção do emprego. E para proteger o emprego é preciso proteger a empresa”, avaliou.

Bernardes afirmou ainda que a melhoria na economia depende de vários fatores, mas o custo do emprego é um entrave para a criação de mais vagas.

Segundo o assessor jurídico da Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS) Alexandre Zanetti, não há mais espaço para “discurso surrado e ultrapassado” de perda de diretos e precarização. “Não se trabalha com redução de direitos, mas para fazer com que eles sejam negociados. Buscamos a liberdade e a segurança de acordar o que nos é permitido”, disse.