O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) decidiu nesta segunda-feira (15) retirar a candidatura do empresário e influenciador Pablo Marçal e apoiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa ao Palácio do Planalto. A decisão ocorreu de forma unânime durante reunião da nova executiva nacional do partido. Marçal, porém, já está registrado como candidato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e diz que brigará na Justiça para se manter no páreo.

O Pros vivee uma batalha judicial pela escolha da presidência da legenda. A disputa ocorre entre Eurípedes Júnior, apoiador de Lula, e Marcos Holanda, que defende a candidatura de Marçal. Não é a primeira vez que as trocas no comando colocam em xeque o espaço do empresário para disputar a Presidência.

Como reflexo da briga interna,o PROS no Ceará saiu do palanque do Capitão Wagner (União Brasil) para se aliar ao candidato a governador Elmano de Freitas, que tem o apoio do presidenciável Lula e do ex-governador Camilo Santana, que é candidato a senador.

A briga interna passa pela justiça: o ministro do TSE Ricardo Lewandowski devolveu o comando da legenda a Eurípedes, que havia firmado acordo com o PT para compor a coligação que apoia a chapa de Lula e Geraldo Alckmin (PSB). Caso tenha o apoio do Pros, Lula igualará a maior coligação da história brasileira, alcançada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2010, de 10 partidos, aumentando também o seu tempo de televisão e rádio.

Em nota, o candidato afirmou que, caso seja confirmada a aliança com o PT, haverá debandada de membros do partido. “Os 911 candidatos que vieram ao meu convite sairão do partido. Isso inviabilizará as nominatas homologadas na convenção e será a última eleição do Pros”, alertou Marçal.