Lideranças estaduais do PT e do PDT, que, hoje, caminham separados no cenário político do Ceará, invadiram, neste sábado (23), a Região do Cariri, para atrair novos filiados e lançarem pré-candidatos a prefeito nas eleições de 2024. Os dois partidos estão rompidos desde 2022 e, nesse momento, intensificam ações para captar mais forças nas urnas em uma disputa que antecede a briga pelo Governo e o Senado em 2026.


ELMANO, CAMILO


A agenda do PT tem como um dos principais focos a cidade de Juazeiro do Norte, terceiro maior colégio eleitoral do Ceará, onde o líder do Governo Lula na Câmara, José Guimarães, lançou a pré-candidatura a prefeito do deputado estadual Fernando Santana (PT).


O Ministro da Educação, Camilo Santana, e o Governador Elmano de Freitas não compareceram ao evento, mas estão integrados às ações para os aliados do Palácio da Abolição conquistarem a Prefeitura de Juazeiro do Norte.


O Governador Elmano de Freitas definiu a escolha de Fernando Santana como ‘’ a melhor alternativa que Juazeiro já teve na sua trajetória’’. Ele disse, ainda, que as lideranças estaduais e municipais do PT buscarão os partidos aliados para composição da chapa e montagem do palanque na disputa pela Prefeitura de Juazeiro do Norte.


Fernando tem como principal adversário o prefeito Gledson Bezerra (União Brasil) que, nesse momento, constrói uma aliança com o PDT. Durante o final de semana, Fernando Santana foi às redes sociais para rebater as críticas do ex-presidente Ciro ao Ministro Camilo. O petista disse que Gledson se junta com quem ‘’esculhando’ gente que trabalha pelo Ceará e pelo Cariri.


CIRO E O PDT


O ex-presidenciável Ciro Gomes, o presidente da Executiva Nacional do PDT, André Figueiredo, e o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, também, desembarcaram no Cariri. Ciro, André e Roberto tentam recompor os quadros do PDT após a debandada de mais de 40 prefeitos que deixaram a legenda em direção a outros partidos, principalmente, o PSB.


Ciro tem sido um duro crítico da administração estadual, lidera a oposição do PDT ao Governo Elmano e não tem poupado adjetivos ao Ministro Camilo e, também, ao irmão Cid. O senador Cid Gomes comandou a dissidência no PDT. A sigla, além de perder mais de 40 prefeitos, enfrenta a debandada de deputados estaduais e federais que esperam a janela partidária de 2026 para buscar um novo caminho partidário.


Os deputados tentaram antecipar a saída do PDT e chegaram a receber carta de anuência assinada pelo então presidente regional Cid Gomes que os garantiriam a transferência para outro partido sem ameaça de perda de mandato. As cartas foram, porém, anuladas, e os deputados impedidos, com na legislação eleitoral, de se desfiliar da legenda.