Com aprovação em primeiro turno no Senado do texto base da reforma da Previdência por 56 votos à 19, governo avança com a proposta, mas sofre derrota da restrição do abono salarial a quem ganha até R$ 1.364,43.

Confira mais informações com o correspondente do Jornal Alerta Geral, Carlos Alberto:

+ Reforma da Previdência: Senado mantém abono para quem ganha até 2 salários mínimos

O assunto foi repercutido pelos jornalistas Luzenor de Oliveira e Beto Almeida, no Bate Papo Político do Jornal Alerta Geral (Expresso Fm 104.3 na Grande Fortaleza + 26 emissoras no Interior + Redes Sociais) desta quarta-feira (2).

Beto comenta que a votação dos destaques no Senado, após apresentação do relatório do senado Tasso Jereissati, ganha um contorno político diferenciado.

“Nada disso que o Governo está enfrento é de graça, tudo isso tem preço. Nos bastidores estão envolvidos, por exemplo, cargos federais, liberação de emendas, uma série de medidas”, afirma Beto.

A partir das 10 horas da manhã desta quarta-feira (2), o senado volta a se reunir no Plenário para votar os destaques apresentados pelos líderes de bancadas na tentativa de modificar o texto da reforma previdenciária.

Com a votação dos destaques, Beto acredita que nessa retomada da pauta, o governo tentará mostrar que se rearticulou “e que [a reforma] não corre risco de sofrer outras mudanças”.

Luzenor ressalta que há também um jogo de pressão que influencia a posição dos senadores e dos deputados federais, que está sendo feita pelos governadores e prefeitos em relação a possibilidade de atraso da votação da PEC (Proposta de Emenda á Constituição), aprovada no Senado, que disciplina a distribuição do dinheiro arrecadado pela União com o megaleilão de petróleo.

 “Nesse cenário, houve pressão e alguns senadores mandaram o recado para o governo: a votação da reforma previdenciária, em segundo turno, só se dará se o governo também fizer o acordo para liberar esse dinheiro a ser arrecadado com o megaleilão de petróleo”, informa o jornalista.