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O Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, que comemora 40 anos de criação neste sábado (10), continua dando visibilidade à uma realidade que afeta muitas mulheres. Realidade essa que aparentemente teve mudanças em meio à pandemia do novo coronavírus, com a queda no número de registros de agressões. 

Com as medidas de isolamento social, adotadas para minimizar a contaminação da população pelo vírus, milhares de mulheres brasileiras foram obrigadas a permanecer em casa com seus agressores. Mesmo com os números apontando queda nos registros de agressões, a realidade mostra que muitas vítimas na verdade encontram mais barreiras no acesso às redes de proteção às mulheres e aos canais de denúncia.

Apenas no Ceará os registros de lesão corporal dolosa entre março e maio de 2020 em comparação com o mesmo período no ano anterior apresentaram uma redução de 26%, sendo o estado com a terceira maior queda no país. Os dados fazem parte do relatório “Violência Doméstica Durante Pandemia de Covid-19”, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Segundo a pesquisa, com o isolamento adotado em várias unidades da Federação, houve “uma redução em uma série de crimes contra as mulheres em diversos estados – indicativo de que as mulheres estão encontrando mais dificuldades em denunciar a(s) violência(s) sofridas neste período.” A única exceção foi nos crimes letais.