O delegado Rivaldo Barbosa, preso neste domingo por suspeita de envolvimento no caso Marielle, tomou posse em 13 de março de 2018, um dia antes da execução da vereadora.

Domingos Brazão e o seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, também foram presos neste domingo pela Polícia Federal e o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são apontados como mandantes do crime.

Os investigadores da Polícia Federal ainda trabalham para definir a motivação do assassinato. Do que já se sabe, o crime está ligado à expansão territorial da milícia no Rio.

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco — Foto: Reprodução

Chiquinho Brazão, Domingos Brazão e Rivaldo Barbosa, acusados de mandar matar Marielle Franco — Foto: Reprodução

Além das prisões, a PF cumpre mandados de busca e apreensão, inclusive nas sedes do TCE e da Chefia de Polícia Civil do RJ.

A mulher de Rivaldo Barbosa é um dos alvos desses mandados e teve bens bloqueados. A suspeita da Polícia Federal é que ela lavava dinheiro para Rivaldo.

Outro delegado é alvo

Também houve buscas na casa do delegado Giniton Lages, chefe da Delegacia de Homicídios do RJ quando Marielle Franco e Anderson Gomes foram mortos.

Lages e o comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que atuavam na Delegacia de Homicídios do Rio na época do crime, foram afastados das funções públicas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), também neste domingo.

Mãe de Marielle se diz surpresa com Rivaldo

Para Marinete Silva, mãe de Marielle, a maior surpresa das prisões deste domingo foi a de Rivaldo Barbosa, já que ele tinha uma relação de confiança com a família.

“A minha filha confiava nele e no trabalho dele. E ele falou que era questão de honra dele elucidar [a morte da vereadora]. Por questões óbvias, porque a Marielle, além dele confiar, a Marielle garantiu a entrada do doutor Rivaldo no Complexo da Maré depois de uma chacina para ele entrar e sair com a integridade física garantida”.

A viúva de Anderson Gomes, motorista de Marielle que também foi morto a tiros no atentado contra a vereadora, afirmou que a suspeita contra Barbosa é um “tapa na cara”.

(*)com informação do G1 Brasil