Três anos e nove meses. Este é o tempo que marcou o começo de uma nova história para o mecânico Raimundo Oliveira, 58. Ele teve a chance de respirar melhor e poder viver sem o auxílio do tubo de oxigênio. Raimundo foi diagnosticado com fibrose pulmonar e o único tratamento seria o transplante de pulmão. Quando recebeu essa notícia, lá no município de Xique-Xique, na Bahia, ele não se desesperou. Buscou informações e ficou sabendo que em Fortaleza havia um hospital especializado em transplante de pulmão, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM), do Governo do Ceará.

Sem titubear, Raimundo Oliveira fez as malas e junto com a esposa embarcou para Fortaleza. Quando chegou ao Hospital de Messejana passou por consultas com os especialistas e realizou vários exames. Ele aguardou cinco meses e então foi submetido ao transplante que tanto precisava. Desde 2011, o Hospital de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes realiza transplantes de pulmão. Em seis anos, já foram feitos 38 transplantes pulmonares no HM. O Ceará está entre os três estados do país que realizam esse tipo de transplante. No Rio Grande do Sul e em São Paulo, esse tipo e cirurgia também é feita.

Nova rotina

Com um novo pulmão, seu Raimundo se sente aliviado, renascido e muito disposto. “Meu dia a dia é tranquilo. Vou à praia, converso com os amigos, me divirto e mantenho a alimentação saudável”, comemora. De três em três meses, ele retorna ao Hospital de Messejana para consultas e exames de rotina. “Não podemos descuidar da saúde, temos que tomar os medicamentos certinhos para não dar rejeição e estar sempre seguindo as recomendações dos especialistas daqui do hospital”, conta.

De acordo com o cirurgião torácico Antero Gomes Neto, coordenador do serviço de transplante pulmonar do HM, entre as cirurgias torácicas, o transplante de pulmão é o procedimento mais complexo. Ele faz um alerta para que os pacientes que necessitam de um transplante sejam encaminhados antes que a doença pulmonar esteja muito evoluída. “O paciente não pode estar muito debilitado a ponto de não aguentar uma cirurgia desse porte. É importante que o paciente seja encaminhado para um Centro de Referência, como o Hospital de Messejana, onde será avaliado por uma equipe multiprofissional, podendo entrar na fila de transplante”, orienta.

Com informação do Governo do Estado do Ceará