Os senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão (Podemos) deverão ter os nomes oficializados para compor a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada para investigar as ações do Governo Federal no combate à pandemia e, também, a aplicação dos recursos destinados pela União aos Estados e aos Municípios para prevenção ao coronavírus.


Tasso sempre foi um dos defensores das investigações sobre a atuação das ações do Ministério da Saúde no combate à crise sanitária e chegou, em manifestações no Senado, a cobrar explicações do então Ministro Eduardo Pazuello para ser mais transparente com as informações sobre a chegada de vacinas. O tucano bateu duro na insegurança gerada pelas informações do Ministério da Saúde.


O senador Eduardo Girão, também, assumiu, o início do debate, a postura em defesa da CPI, mas foi mais longe: conseguiu que as investigações se estendam, também, aos estados e municípios que receberam volume expressivo de recursos para o enfrentamento da pandemia da Covid.


A CPI ainda não tem data para começar, mas os partidos terão 10 dias, com o prazo contado a partir dessa terça-feira, para indicar os nomes que irão compor a Comissão Parlamentar de Inquérito. Serão 11 titulares e 7 suplentes.
A determinação para a CPI ser instalada foi do ministro do STF, Luis Roberto Barroso. Com a polêmica decisão, a liminar concedida por Barroso será julgada, nesta quarta-feira, pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal e novos desdobramentos podem acontecer sobre os rumos da Comissão Parlamentar de Inquérito voltada a apurar possíveis falhas do Governo Federal no combate à pandemia. Os Governos Estaduais e Municipais, alvo de investigações sobre os gastos dos recursos da União nessa fase da pandemia, entram na mira da CPI.