Nesta sexta-feira, 27, a ex-presidente prestou depoimento na Justiça Federal, em Belo Horizonte, via teleconferência ao juiz Sergio Moro, como testemunha do ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás, Ademir Bendine, que foi preso em operação que apura pagamentos de R$ 3 milhões em propina.

Durante o depoimento, ela afirmou que, quando estava no governo, tinha preocupação em ajudar as empresas investigadas na Operação Lava Jato a se salvarem. Ainda declarou que a discussão sobre os acordos de leniência era constante, já que durante o período havia tensão no governo sobre a situação econômica das empresas investigadas.

Para Dilma, “Empresas na Lava Jato estavam tendo problemas de financiamento externos e internos, o que criava para o governo um problema, porque essas empresas estavam comprometendo seus empregos e seus financiamentos”. Para ela, havia intenção de “um processo de punição dos responsáveis, mas que se salvassem as empresas de engenharia deste país, que são elementos essenciais da nossa competitividade”.

Ainda em depoimento disse que os executivos que estivessem envolvidos em atos de corrupção deveriam ser punidos, mas não as instituições por serem produtos sociais.

O juiz Sergio Moro comandou toda a audiência, que durou cerca de 30 minutos, deixando que os advogados dos envolvidos indagassem a petista sobre o processo.

Com informações da Folha de S. Paulo